Outros Mundos, Outras Antologias...

26 setembro 2005

E mal tínhamos acabado de citar, eis que citamos de novo e da mesma fonte (agora que já têm os dedos quentes de dar à tecla no computador, não parem e participem nesta iniciativa brasileira):

Abertas Submissões:
Redes virtuais de Computadores

Estão abertas submissões para antologia em papel sobre Redes Virtuais de Computadores. Pretende-se editar o livro em 2006, para isso precisamos de contos novos de qualidade e ousadia (contos não tão-somente direcionados para o mercado). Fica estabelecido o limite de 8.000 palavras, mas este limite não é regra tão rígidas, segue apenas para orientar o autor, pois dificilmente aceitaremos algo acima. O prazo final para submissão é 30 de janeiro de 2006. Veja as nossas regras de submissão aqui.

(in Scarium Online)

Esclarece-se que esta citação pertence a um blog não relacionado com o que estão a ler, e que o call for fiction acima mencionado em nada se relaciona com a presente antologia. Trata-se apenas de divulgação.

Não Estamos Sós

Proveniente do blog do editor do Scarium Online, magazine brasileira de ficção científica, eis um comentário que reproduzo na íntegra e que ecoa em quase sincronicidade as preocupações de um post anterior do Antoloblogue:


Notas de sexta-feira

Nas notas de hoje, não pretendo divulgar as novidades da Scarium On Line, apenas fazer uma reflexão sobre a inércia da ficção científica brasileira. Mas que inércia é esta?

A bem da verdade, não é uma inércia no que diz respeito à produção, apesar desta ainda ser muito pouca e ficar limitado a alguns autores estrangeiros, na cola de filmes de sucesso, e uma meia dúzia de escritores nacionais que se arriscam a investir em produções independentes. A FC brasileira não é nada incipiente. A inércia está mais ligada à falta de ousadia, de experimentações e de um movimento literário sólido. Sintetizando, a falta de novas idéias.

Parece que os autores ainda continuam tentando apostar em fórmulas estrangeiras de sucesso e esquecem a nossa velha realidade literária.

Fica aqui um convite: quem se arrisca a mandar algo novo e ousado para publicarmos na Scarium?

O nosso convite mantém-se: até sexta-feira, continuamos a aguardar por esse grande conto original, inédito e totalmente nosso, da literatura fantástica em língua lusa que vai revolucionar o género e impulsionar-nos para o século XXII [1].

[1] fica aqui um esclarecimento, antes que o Jorge tenha de intervir para acautelar possíveis corações trepidantes, que o problema não é específico das submissões para a antologia, mas tem sido sintomático da FC luso-brasileira e de muita outra internacional não-saxónica. Contudo, tantas manifestações do sintoma não diminuem a gravidade da doença, e daí que continuemos a esperar pela cura ou pelo menos sinais de melhoria.

Quatro novos contos, nenhum excluído

23 setembro 2005

Enquanto preparamos o bunker, fechamos as persianas e pomos contraplacado nas janelas para nos defendermos do furacão de contos que contamos receber na última semana do prazo (isto mete portugueses, e já se sabe como são os portugueses), continuam paulatinamente a chegar-nos mais contribuições. Esta semana foram quatro e, pela primeira vez desde que nos começaram a chegar contos em número razoável todas as semanas, nenhum foi de ficção científica.

Os totais de submissões estão agora em 46 trabalhos de 27 autores, totalizando mais de 810 páginas e quase 260 mil palavras. Destes, 8 foram já excluídos. Há ainda 8 trabalhos que um dos editores pretende excluir, mais 7 que um dos editores considera comparativamente menos bons e 23 que ou ainda não foram lidos por nenhum de nós ou então se mantém no topo das nossas preferências (de um de nós ou de ambos). Entre estes, no entanto, há vários trabalhos do mesmo autor e acabaremos quase de certeza por optar por um deles, de modo que os trabalhos melhor posicionados acabam por ser menos que aqueles 23. Por outro lado, ainda há a hipótese de que o outro editor discorde da apreciação menos boa de alguns dos restantes 15 trabalhos, de modo que as coisas se mantém em geral pouco definidas.

Quanto a géneros, sem nenhuma exclusão na semana os números apenas subiram:

- Ficção científica: 20 (19)
- Terror/Horror: 10 (8)
- Fantasia: 7 (5)
- Fantástico: 3 (3)
- História alternativa: 2 (1)
- Mainstream: 2 (1)
- Surrealismo: 2 (1)

Quanto a nacionalidades, talvez por estarem à espera da última hora do último dia, bem à portuguesa, talvez por outra razão qualquer, o certo é que os portugueses estão a ficar para trás: temos agora 26 trabalhos brasileiros contra 20 portugueses, 455 páginas brasileiras contra 360 portuguesas.

E é tudo por agora. Resta-nos fechar bem as persianas e calafetar as portas para a inundação da semana que vem. Mas se não faltar a energia ainda vos daremos mais notícias até lá.

E lembrem-se: até notícias em contrário, o prazo termina à meia-noite da próxima sexta-feira, hora de Lisboa. Nota especial para os brasileiros e ilhéus: é hora de Lisboa, isto é, umas horitas mais cedo que as vossas.

Para sossego dos escritores ansiosos... ou talvez não

16 setembro 2005

Este post é para sossego dos autores ansiosos (ou talvez não), mas isso é só lá mais para a frente. Por agora, no princípio, é o ponto da situação habitual.

Continuou a crescer o número de submissões, claro, tendo esta semana atingido as 42, que correspondem a mais de 240 mil palavras e quase 760 páginas. Isto tudo fruto da produção e criatividade (umas vezes mais, outras vezes menos) de 24 autores. Continuámos também a tomar decisões, e subiram para 8 os projectos que, por um motivo ou por outro, foram retirados da selecção, mas mesmo assim ainda são mais de 680 páginas por triar. Muitos mais contos serão excluídos, inevitavelmente, mas a esse assunto regressarei mais à frente.

Por géneros (e integrando a tal viagem no tempo mágica, que criou alguma confusão, no grupo das fantasias, fazendo o mesmo à fantasia arturiana), temos agora:

- Ficção científica: 20 (19)
- Terror/Horror: 8 (6)
- Fantasia: 7 (5)
- História alternativa: 2 (1)
- Mainstream: 2 (1)
- Surrealismo: 2 (1)
- Fantástico: 1 (1)

Continua a FC a dominar quase absolutamente, mas pelo menos a fantasia deixou de ser residual, o que é um progresso. E de ponto de situação, estamos conversados.

Ora bem, vamos lá então falar de rejeições. Como foi dito pouco depois do arranque deste blog, nós informamos os autores da não aceitação dos seus trabalhos muito antes de os informarmos sobre a aceitação dos que forem seleccionados. O motivo é simples: uma vez que não sabemos ainda o que nos poderá chegar até serem encerradas as submissões, não podemos estar a tomar decisões definitivas quanto a contos que eventualmente iriam fazer parte da antologia. Será pouco provável, mas é possível que na última semana nos chegue um livro inteiro de trabalhos fora de série, e certamente não vamos dizer que aceitamos um trabalho para o recusarmos mais à frente. Isso seria uma imensa falta de respeito pelos autores. Não que não tenhamos já um conjunto de histórias que pensamos que irão fazer parte da antologia, porque temos. Mas não podemos ainda tomar essa decisão, e muito menos informar dela os autores.

Ou seja, por agora todos os autores que recebam mensagens nossas têm a certeza de que ou se trata da mensagem habitual que dá conta da recepção do trabalho, ou então é uma mensagem de rejeição. O silêncio é bom sinal. Compreendemos a ansiedade e a impaciência mas, como em tantas coisas na vida, nenhumas notícias são boas notícias.

Além disso, os autores que nos remetam mais do que dois contos irão certamente receber pelo menos uma mensagem de rejeição, mais cedo ou mais tarde, e o mais provável é que recebam duas ou mais. Como afirmámos no início, só em casos especiais aceitaremos duas histórias do mesmo autor (salvo se se tratar de colaborações). Ou seja: se alguém nos remete seis histórias, irá de certeza receber quatro ou cinco rejeições antes de receber uma boa notícia. Se chegar a receber a boa notícia.

Por fim, caso estejam curiosos, a ordem das rejeições corresponde à ordem por que tomamos as decisões. Tem a ver em parte com uma avaliação da adequação dos trabalhos ao que pretendemos, e em parte com a ordem (ou desordem) e a rapidez (ou lentidão) com que lemos as submissões. Isto é, um trabalho pode ser excluído primeiro que outro simplesmente porque foi lido por ambos os editores primeiro que o outro, mas também pode acontecer que o segundo tenha permanecido no processo depois de ser avaliado por mim e pelo Luís até que, com a continuação das leituras, chegamos à conclusão de que outros trabalhos se encaixam melhor na antologia do que esse e o excluímos também.

Tons de verde

14 setembro 2005

O post abaixo, do Luís, causou em alguns leitores dúvidas quanto à nossa avaliação da qualidade das obras recebidas até agora. O Luís explicou, nos comentários, mas acho que é útil fazer aqui um ponto da situação também a esse nível.

Nós tínhamos duas batalhas que tínhamos de ganhar à partida, caso quiséssemos que este projecto acabasse por ser concretizado: a batalha da quantidade e a batalha da qualidade. A primeira ficou ganha logo em Agosto, quando começámos a compreender que o número de submissões ia ser alto. Disso vos temos dado conta aqui, mas não vos temos falado muito da segunda batalha.

Pois bem: julgo que posso garantir que neste momento temos material suficiente para publicar um livro com 400 páginas e nenhuma história má. Temos um número elevado de bons contos, alguns contos muito bons e, como o Luís disse, uns dois ou três que chegam às portas do excepcional. Não temos nenhuma história excepcional, por enquanto, e é só aí que reside a nossa frustração, porque de resto estamos plenamente satisfeitos com o que os autores nos propuseram.

Porque queremos que esta antologia seja um marco, porque queremos que o projecto tenha continuidade, o que só se consegue com compradores e leitores, gente que espere com expectativa pela antologia do ano seguinte, porque queremos, enfim, mostrar que em língua portuguesa é possível produzir muito boa literatura fantástica, gostaríamos de publicar uns dois ou três contos ou noveletas excepcionais e até de nos podermos dar ao luxo de rejeitar todos os contos que forem meramente bons. Já é certo que iremos rejeitar alguns, mas gostaríamos de poder rejeitá-los a todos.

É esse o desafio actual: o de acrescentar ao material muito bom que já temos mais material muito bom e de conseguir encontrar algum material extraordinário. E isso, meus caros autores, só vocês nos podem dar.

Em busca de identidades

13 setembro 2005

I miss only, and then only a little, in the late afternoon, the sudden white laughter that like heat lightning bursts in an atmosphere where souls are trying to serve the impossible. My father for all his mourning moved in the atmosphere of such laughter. He would have puzzled you. He puzzled me. His upper half was hidden from me, I knew best his legs.

Ora bem, existe uma literatura fantástica em língua portuguesa?

As respostas serão eventualmente encontradas dentro de alguns meses, quando a presente antologia saltar do seu presente estado quântico de indefinição e assumir uma forma concreta. Quando for observada (um estranho e interessante processo, singular na Natureza e, que saibamos, em todo o universo, no qual um evento do mundo físico é assimilado numa plataforma electro-química – o cérebro – sujeita a um processo de armazenamento e leitura. Hmm...).

Cada leitor encontrará a resposta que procura. Cada leitor então aperceber-se-à da verdadeira natureza da pergunta. Douglas Adams estava cheio de razão.

Não vos vou responder, porque a única resposta que pretendo é a que me foge ao alcanço. Como um caçador que se insatisfaz ante o disparo certeiro. Em tudo o que li e tenho lido para esta antologia, não me aproximo mais dela, embora lhe perceba contornos já suspeitados.

O que se torna claro e evidente, quase sem esforço, é perceber o que não é a literatura fantástica em língua portuguesa: é quando esta tenta, a todo o custo, realmente sê-la.

Aqui se evidencia um problema básico da literatura europeia, que é um efeito secundário da solução para outro problema, menos nobre, o de saber como fazer chegar rapidamente um livro ao público que melhor o apreciará. No meio existe uma história sórdida e cada vez mais sofisticada de objectivos anuais de vendas, quotas de mercado, eficiência de custos e o palavrão do lucro, o orgasmo dos seres financeiros. O efeito secundário chama-se género. E o problema é obviamente o de ser o espartilho de quem o segue.

Claro que ao clamarmos por peças de literatura fantástica, estamos a substanciar o pecado. Preferiria pensar que estamos na verdade a afastar histórias banais do quotidiano - as tais que procuram repetir a vivência do dia-a-dia e se imiscuem numa introspecção que rejeita a realidade do mundo, o dito mainstream (mais um pecado). Mas sei bem que ninguém interpretará desta forma, que quem entrar na antologia, e pior ainda, quem escrever para ela, chegará cheio de preconceitos, ou seja, juízos feitos antes de conhecer a dita cuja. Os preconceitos que tentamos rejeitar na sociedade e fazê-la aceitar o indíviduo num regime meritocrático, é o preciso processo que aplicamos na arte. Apenas aceitamos na nossa casa a arte de que gostámos. À que odiamos, fechamos os olhos.

Se isto é triste no que toca a atingir públicos, pior é quando atinge autores. Quer para rejeitar a literatura fantástica, quer para entrar nela. E pior ainda seria se atingisse a nós, editores – mas lamento informar que não surgiu nenhuma história na periferia que nos fizesse debater se seria ou não fantástica. Em que classe colocariam o Centaurian?

Oxalá ainda surja.

E o que tem surgido então?

Duas classes de histórias: histórias que utilizam elementos de um género que se convenciou designar por fantástico, e histórias realmente de fantástico.

A intenção trai o autor. Os mais atentos tentam evitá-la, e é difícil, senão impossível, para algumas histórias perceber o caminho tortuoso e entender as opções tomadas: quem nasceu primeiro, a vontade que a história fosse de fantástico, ou a inevitabilidade de que o fosse?

Ou para ser menos críptico: quero escrever uma história de «literatura fantástica». Tenho um imaginário de histórias conhecidas, desde a infância, que sempre vi referenciadas como «fantásticas». Separo o que são dragões, cavaleiros e fadas do que é tecnocracia e atitude positivista, e ainda do que é a mera vivência no mundo, como ter filhos, gerir um matrimónio e ter um emprego – tudo isto são compartimentos estanques, separados, qual laboratório virulógico. Tenho, diga-se em boa e alta voz, as melhores intenções do mundo. Afinal, sou um gajo porreiro, inteligente. E ninguém afirma o contrário. Tal é, que a história que sai é competente. Tem dragões e fadas onde devia ter, e uma demanda por um anel ou um tomo bolarento, e as minhas viagens no tempo falam de paradoxos, e vampiros fogem das manhãs – e escrevo muito bem, junto as frases, sei construir diálogos. Tenho as melhores intenções do mundo. A história é forte e boa. Ombreia com o que de melhor se faz lá fora. Lá fora, onde os compartimentos são estanques e onde se inventou o espartilho.

Fiz uma história de «viagem no tempo». Uma narrativa de «viagem espacial». Um conto de «guerra interestelar». Uma «fantasia heróica». Uma «fantasia futurista». Estou confortável. Estamos afinal ainda dentro de território conhecido: o menu do McDonald’s do fantástico moderno. Há quem tente ser original e junte duas opções do menu. Mas não mais, pois causará decerto mau-sabor e perturbações gastro-intestinais. Aquilo não foi pensado para ser consumido em forma de mistura...

A resposta à pergunta original assume-se no espelho da mesma. Não interessa saber o que é a literatura fantástica em língua portuguesa. Sabe-se que a que não o é, surgiu precisamente da leitura excessiva das «convenções» do «género» (vejam quantos dogmas...) e da sua aceitação passiva. Os clones literários invadem as prateleiras.

Quantas palavras desperdiçadas, quanto tempo de vida perdido.

E depois, em jeito de conclusão e satisfação, uma luz no horizonte. Porque ainda há histórias realmente fantásticas. Há histórias verdadeiras, narrativas vividas desde a concepção ao parto. Quem berra ao nascer é porque precisa: tem algo a dizer – ou a denunciar.

Essas histórias não nasceram de uma convenção de género. Nasceram como histórias. Porque sim. E não podiam ser contadas de outra forma. Se utilizam dragões, paciência. Se são mecânicos... que interessa? Quem não gosta, não coma. Merda para os géneros e para as classificações dos doutores e para os senhores doutores.

Obrigariam os vossos filhos a ser o que vocês pretendem? Pensam que não haveria resistência? Seriam vocês felizes? Seriam eles?

Em que ponto são as histórias diferentes?

220 000

09 setembro 2005

Aquele número ali em cima é o número de palavras que foram até agora submetidas à nossa consideração. Se as 37 histórias que somam aquela quantidade de texto fossem todas publicadas o resultado seria um gigantesco calhamaço com quase 700 páginas. Não serão, claro, e aos contos que já foram removidos do processo, por nós ou pelos autores, outros se seguirão. Dado o volume de material que já temos e aquele que esperamos ainda até ao fim do mês, no melhor dos casos será de certeza menos de metade a ver a estampa. Para já, mantêm-se no processo quase 650 páginas.

Isto porque, como aliás já esperávamos, Setembro se tem revelado produtivo. Só na última semana chegaram-nos seis trabalhos, somando mais de 100 páginas e fazendo subir os totais para os números que estão ali em cima.

Esta semana também fez baixar a proporção relativa da FC no total das submissões. Mas nem tudo é bom, como vão ver. A divisão por géneros faz-se agora assim (o número principal corresponde ao total das submissões; entre parêntesis segue o número de contos que se mantêm no processo de selecção).

- Ficção científica: 18 (18)
- Horror/Terror: 8 (7)
- Fantasia: 3 (3)
- História alternativa: 2 (1)
- Mainstream: 2 (2)
- Fantasia arturiana: 1 (0)
- Fantástico: 1 (1)
- Surrealismo: 1 (0)
- Viagem no tempo mágica: 1 (0)

Como vêem, a FC continua a merecer a larguíssima preferência dos autores e, se exceptuarmos o horror, os outros géneros são pouco mais do que residuais nas submissões. Pior do que isso é o facto de parte das submissões nesses géneros não se enquadrar bem naquilo que pretendemos. Por outro lado, a FC que temos recebido é variada: do ciberpunk às viagens no tempo, de distopias a contos humorísticos, etc. Ou seja: embora me pareça neste momento mais ou menos inevitável que o livro final venha a conter mais FC do que outro género qualquer, julgo que podemos mesmo assim garantir um espectro alargado de abordagens e temáticas. Não é bem o que preferiríamos, mas já não é mau.

Quanto à proporção Portugal/Brasil, está bastante equilibrada: recebemos 20 histórias brasileiras e 17 portuguesas, 378 páginas brasileiras e 313 portuguesas. Isto também quer dizer que, ao contrário do que acontecia no início, temos agora praticamente a mesma distribuição de textos grandes e pequenos vindos dos dois lados do Charco. Infelizmente, não recebemos ainda nada vindo de nenhum dos outros países lusófonos o que, dado que este projecto tem sido desenvolvido quase exclusivamente online, e dado o estado de desenvolvimento da internet nos PALOPs e em Timor, não é propriamente inesperado. Um dia chegará em que Angola, Moçambique e as outras regiões de língua portuguesa ocupem o lugar que é seu de direito neste tipo de projectos, mas por agora temos de nos contentar com Portugal e o Brasil.

Finalmente, quanto a tamanhos, foram-nos submetidos até agora:

- 1 novela (56 páginas)
- 8 noveletas (310 p)
- 19 contos (284 p)
- 6 contos curtos (35 p)
- 3 vinhetas (6 p)

Acham muito? Nós achamos pouco. Queremos mais e ainda melhor. Queremos contos que nos arranquem do sofá, nos arrebatem, nos transportem para aqueles lugares onde só a literatura fantástica sabe chegar.

ZIP

06 setembro 2005

Um autor enviou-nos um conjunto de três contos dentro de um ficheiro comprimido em formato ZIP. Por esta vez aceitámos, mas pedimos-lhe a ele e a todos os outros autores que não o voltem a fazer porque não voltaremos a aceitar nada nesse formato. O formato ZIP é nesta época um formato altamente inseguro, propenso à disseminação de vírus e outros tipos de malware. Os formatos que aceitamos estão enumerados nas regras de submissão: TXT, RTF e PDF. . Não é para sermos chatos; é porque os outros formatos constituem riscos de segurança inaceitáveis (e evitáveis).

Mais uma semana movimentada

03 setembro 2005

Passámos por mais uma semana movimentada, com várias submissões e um conto retirado do processo pelo autor. Como consequência, os totais subiram bastante. Temos agora material em avaliação que, somado, dá mais de 540 páginas, que correspondem a 173 mil palavras distribuídas por 26 trabalhos de 18 autores.

É pouco. Queremos mais.