Blast Off!!!

09 novembro 2007

A sessão de lançamento de ontem correu bem, com a participação na mesa de Jorge Candeias, Yves Robert e João Ventura (os demais, ou não podiam estar presentes ou tiveram de sair mais cedo devido ao adiantado da hora). Também não se registou a presença de elementos da imprensa, o que teria dado outro ímpeto à saída do livro. Quanto a exemplares vendidos, estes foram-no essencialmente graças à generosidade dos entusiastas do meio - penso que começará hoje a verdadeira prova comercial com o surgimento aos poucos de uma faixa de público que apenas ocasionalmente lhe ocorre assistir a eventos como este. Ou seja, o mesmo tipo de público que compra em livrarias e pouco mais intervém no género. O tempo é-me curto para fazer mais algum comentário sobre o lançamento, a não ser agradecer mais uma vez a amabilidade do Fórum Fantástico de acolher esta iniciativa e divulgá-la na imprensa, e à Saída de Emergência por aceitar dispor comercialmente um livro, que para todos os fins é não-profissional, no meio das suas publicações oficiais. Deixo-vos com uma fotografia do evento, da autoria do Luís Rodrigues. E não se esqueçam: hoje há mais Fórum Fantástico, com eventos bem mais importantes.

Já Temos Livro!

08 novembro 2007

Finalmente tenho uma página de apresentação do livro. Avancem para o link abaixo indicado, para informações sobre o conteúdo e formas de aquisição. Estará em desenvolvimento nos próximos dias - para já é uma versão inicial.




PS - Quando abrem a página do site Lulu.com (loja online com o livro), o preço do livro pode aparecer-vos em dólares americanos (USD), Euros (EUR) ou libras esterlinas britânicas (GBP). Atenção a este facto (a moeda de denominação pode ser mudada no fundo da página). Para vossa referência, o livro custa 14,95 Euros (aos quais acresce portes de correio, variáveis consoante a urgência do pedido e a localização do destinatário). Obrigado.

Na Meta Final...

02 novembro 2007

Chegou-me há pouco o primeiro lote de livros provenientes da gráfica. Devo confessar que estava com um pouco de receio a nível da capa, pois neste modelo de impressões não se consegue tirar provas de cor antecipadamente, e apenas com a sucessiva, cara e demorada impressão de exemplares ostentando diversas tentativas se conseguiria confirmar a melhor versão.

Mas felizmente as notícias são excelentes.

Estou mesmo muito satisfeito com o resultado.

Talvez a capa pudesse ser um pouco mais iluminada, as letras um pouco mais fortes ou numa outra família, a contracapa com menos texto, e a impressão em Print-on-Demand com um tudo-nada de tons mais vivos... Mas também sei que é o meu crítico interior a funcionar. Quem viu, adorou. E, sim, o miudo dentro de mim que iria deparar-se com isto numa livraria sem ter sido avisado também começou a pular...

Na verdade, fiquei tão contente que mandei imprimir mais um lote, convencido de que se vai vender no Fórum Fantástico que nem pãezinhos quentes...

Assim que o evento terminar, será tempo para começar a enviar aos autores os exemplares prometidos. Como devem calcular, a prioridade aqui está em chamar a atenção do público.

Nesse sentido, perguntarão, que esforços estarão a ser feitos, ou o que se planeia fazer?

Bem, muito dependerá do que aconteça no Fórum e na reacção face ao livro. Sei que haverá uma bancada para venda organizada pela Bulhosa, mas aguardo o contacto da responsável para combinar a colocação do livro.

Isto leva-me a fazer uma consideração sobre o próprio Fórum e a colocação do evento.

A minha postura perante o mesmo é dupla:

  • estou bastante agradecido aos organizadores por aceitarem que lançasse o livro no Fórum sem contrapartidas financeiras nem de outra natureza, uma vez que não sou uma casa editora nem tenho a agilidade promocional que as participantes este ano (Bertrand, Saida de Emergência, Livros de Areia) terão;
  • mas também estou relativamente apreensivo pela hora e dia em que o lançamento decorrerá, pois de todos os dias do evento, não é de longe o mais apelativo; apenas sábado nos daria a maior exposição, e inclusive sexta-feira permitiria que os curiosos começassem a chegar. O primeiro dia de quaisquer encontros, em particular a meio da semana, nunca é de modo algum o mais frequentado.

Isto não é uma crítica, mas um facto, e como facto há que adequar as nossas expectativas. No entanto, participarei numa mesa redonda no sábado de manhã juntamente com Bruce Holland Rogers, João Ventura e Rogério Ribeiro, moderada pelo Luís Rodrigues, sobre ficção curta, e espero conseguir colocar um «plug» para o nosso livro.

Afinal o que interessa mesmo é que esteja disponível e visível na livraria, e as pessoas se apercebam da sua existência.

Nem que seja preciso efectuar novo lançamento, extra-FF, algures até ao Natal.

Também tenho previsto:

  • colocação de exemplares em alguns pontos de venda previlegiados, com os quais já iniciei conversações;
  • a eventual publicação sob uma chancela editorial, que se mostrou interessada e que espero que fique mais ainda perante a obra solidamente feita;
  • difusão da obra e do lançamento pelos meios de comunicação, mediante os contactos que possuo e outros que pretendo descobrir...

Neste último aspecto, se autores e conhecidos tiverem ideias, sugestões, contactos ou algo nesta senda, agradecia as vossas indicações.

E quanto ao Brasil?, perguntarão - e bem. Contribuiu com metade dos contos e agora a divulgação e publicação é apenas portuguesa?

Obviamente que não, mas por uma questão física, logística e de oportunidade, é a que comecei a dar prioridade.

O que não significa que não tenha ideias para concretizar. Mas aqui vou precisar da vossa ajuda. Vou precisar de um contacto principal da vossa parte. Alguém que me saiba aconselhar na disseminação publicitária, que sirva de elo de ligação com esse mercado, e também alguém que, a par dos meus esforços aqui, esteja disposto a colocar livros nos melhores pontos de venda por sua iniciativa e investimento autónomos. Contactem-me pelo email.

O Papel das Colecções

29 outubro 2007

Uma antevisão do prefácio:

«(...) Em 1961 surgia, no Brasil, a primeira antologia de ficção científica que recolhia os autores promovidos por Dorea, e sete anos mais tarde, em Portugal, Lima Rodrigues, em colaboração (involuntária?) com Robert Silverberg, editaria Terrestres e Estranhos, na qual se encontram contos fantásticos de Natália Correia, Dórdio Guimarães, Fernando Saldanha, Hélia, Luís Campos, Lima Rodrigues e Manuela Montenegro, a par com autores norte-americanos.

Já na década de 70, Natália Correia voltaria a incorporar a antologia (em dois volumes) Alguns dos Melhores Contos de Ficção Científica, editada por Romeu de Melo, onde também constava uma das colaborações deste.

Natália Correia, Romeu de Melo, Mário Henrique-Leiria (principalmente com os seus Casos de Direito Galáctico), Isabel Meireles (editora e tradutora de uma antologia de autores franceses de ficção científica), fariam parte de uma geração que, nas décadas de 60 e 70 procurou acentuar a chama do género, produzindo um conjunto de obras, essencialmente a nível do conto. Embora hoje estejam completamente ausentes das livrarias e da memória, no caso particular de Romeu de Melo, a sua obra destacou-se e foi alvo de estudo por parte de um catedrático americano («Doomsday, Flying Saucers, and the Golden Age in Six Stories by Romeu de Melo», por Timothy Brown, Jr.). Em paralelo, Roussado Pinto, Luis de Campos e outros, constituiam um grupo mais dedicado ao policial e à banda desenhada, mas cujas afinidades com o género, seguindo as pisadas da geração da revista Repórter X (onde se destacavam o editor Reinaldo Ferreira e Mário Domingues), não deixavam de existir.

E contudo, não é justo atribuir a estas gerações que trabalhavam na sombra e contra as opiniões de uma inteligentsia sobranceira (algo que é eterno e comum a qualquer das gerações de autores de literaturas alternativas), a grande responsabilidade por mais uma quebra da continuidade. Os editores tiveram também aqui um quinhão importante. Ou antes: a ausência de editores.


Porque, se no Brasil, [Gumercindo Rocha] Dorea criara um espaço para desenvolvimento de projectos literários, e em Espanha, [Domingo] Santos seguia-lhe as pisadas, em Portugal, onde a colecção Argonauta teria início coincidente com essas duas iniciativas e igual finalidade, o acolhimento de obras nacionais foi nulo — e mantém-se até hoje, numa época em que a colecção estrebucha num estertor de morte. Sem querer menosprezar a sua contribuição importantíssima para a divulgação da FC internacional, a verdade é que, nas centenas de títulos editados durante os cinquenta anos de actividade, não encontramos um único autor português, e só em 2006 é que uma brasileira, Márcia Guimarães (A Conspiração dos Imortais), consegue romper este impenetrável crivo editorial. Se o mesmo resultou de decisão consciente do director de colecção, ou se os manuscritos submetidos (porque decerto os haveria) simplesmente não eram considerados como tendo qualidade suficiente face às obras estrangeiras, é algo que se desconhece. Mas não deixa de ser sintomático, e pouco abonatório para a produção nacional, que nunca um português tivesse sido incluido na mais antiga e prestigiada colecção de FC do país, numa época em que o incentivo teria certamente produzido efeitos benéficos para o desenvolvimento do género. E por sinal, ou talvez por herança, quase todas as outras outras colecções que se viriam a impor durante a década de 80 seguiriam a política das portas fechadas — apenas uma ousou quebrar a tendência.

Só com o surgimento, no final dos anos 80, de uma iniciativa ímpar no espaço nacional, a de um prémio bienal destinado a originais de ficção científica e fantástico — atribuido pela primeira vez em 1985, a par de um idêntico prémio para originais na área do policial —, e que daria azo ao início de uma colecção regular, dirigida pela mão de Belmiro Guimarães sob a chancela da Editorial Caminho, é que os autores portugueses encontrariam finalmente um espaço de acolhimento regular numa editora sólida e de prestígio.(...)»

Informações Finais

28 outubro 2007

Com o livro já em produção na gráfica, eis algumas informações adicionais:

ISBN: 978-989-20-0887-5


Nº de páginas: 262

Formato: trade paperback

Volume de palavras: 104 000

Preço: 17 euros (ah, pois...)

Preço por palavra: 0,01 cêntimos de Euro (vêem, até que não é assim tão caro)


Índice:


  • Luís Filipe Silva, Introdução: O Estranho Caso da Prospectória Amnésica
  • João Ventura, Resíduos Sólidos Urbanos
  • Wolmyr Alcantara, Oberon
  • Yves Robert, Fome de Pássaro
  • Octavio Aragão, Para Tudo se Acabar na Quarta Feira
  • Jorge Candeias, Littleton
  • Gabriel Boz, Digital Éden
  • Telmo Marçal, O Pico de Hubert
  • Carlos Orsi, Disse a Profetisa
  • João Ventura, Assassinos de Sobreiros
  • Carlos Patati, A Irmandade
  • Sofia Vilarigues, O Nevoeiro que Desvendou Realidades
  • Maria Helena Bandeira, Ponte Frágil Sobre o Nada
  • António & Jorge Candeias, Deus das Gaivotas
  • Carla Cristina Pereira, Xochiquetzal em Cuzco – Uma Princesa Asteca no Reino dos Incas
Prevê-se o lançamento no Fórum Fantástico, para dia 8 de Novembro, quinta-feira, pelas 19.00. Em breve efectuarei o convite aos autores para estarem presentes. Oxalá fosse possível ter os brasileiros aqui também.

A Trama se Adensa

25 outubro 2007



Já nos estágios finais de preparação, eis que nos surge finalmente a capa com que o livro se vestirá em público, com que irá a concertos, recepções, soirées de leitura, com que passará de mão em mão em longos halls repletos de vitrais, candeeiros persas e lânguidos canapés de reflexão.

A ilustração é do alemão Markus Vogt.
UPDATE: uma mudança de cor do título, um re-centrar da imagem.

A Data Aproxima-se

21 outubro 2007

Com os contos praticamente revistos por todos os autores (atenção: quem não os entregar até quarta-feira deixa de ter oportunidade para efectuar modificações; também estão algumas biografias em falta), os últimos preparativos centram-se na maquetagem da capa, dos interiores, na obtenção do ISBN - pormenores que de facto pouco vos interessam.

Encontra-se confirmado o lançamento no Fórum Fantástico. Apenas receio a disponibilidade da Lulu.com para despachar a primeira remessa de exemplares a tempo.

Entretanto, como já devem ter notado se vieram ao site, apresenta-se o novo look da coisa, mais profissional que o anterior (felizmente a internet está repleta de belíssimos templates disponíveis para uso), e o título da antologia: POR UNIVERSOS NUNCA DANTES NAVEGADOS. Grande Camões!

(Apenas tenho pena que não tenhamos escolhido o planeta vermelho como tema. «Por Martes Nunca Dantes Navegados" ficaria a matar...)